segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Qual é a Origem do Mau hálito

A halitose constitui um problema de saúde pública em razão do grande número de pessoas atingidas e da dificuldade de diagnóstico devida a causas multifatoriais. Por outro lado, no Brasil, é grande o número de profissionais que têm utilizado um monitor de sulfetos como instrumento único de diagnóstico do mau hálito, ignorando a complexidade e os conhecimentos científicos obtidos, de forma sistematizada, sobre o tema. Vale ressaltar que o número de trabalhos publicados em português, nessa área, é restrito, e que a informação e a atualização do cirurgião – dentista são imprescindíveis para um correto diagnóstico e, conseqüentemente um eficiente tratamento dos pacientes portadores de mau hálito. Assim, o objetivo deste trabalho foi reunir o conhecimento atual sobre a halitose a fim de propiciar uma ferramenta útil tanto para profissionais da área clínica quanto para profissionais de pesquisa nas diversas áreas de saúde.

Discussão Como Acabar Com Mau Hálito

Como Acabar Com Mau Hálito ou halitose é um odor desagradáv­­­­­el que emana da cavidade bucal e, na maioria dos casos, é resultado do metabolismo da microbiota bucal1 . Como pode provocar um desconforto tanto para o indivíduo que o possui quanto para as pessoas de seu convívio e interferir nas relações sociais, o mau hálito deveria ser considerado um problema de interesse público2 . Os odores desagradáveis emanados da cavidade oral resultam da produção de compostos sulfurados voláteis (CSV) e compostos orgânicos voláteis de origem putrefativa por ação das bactérias gram – negativas anaeróbias da microbiota bucal sobre aminoácidos que contêm enxofre. Os CSV são representados, em sua maioria, pelo sulfeto de hidrogênio (H2 S), pela metilmercaptana (CH3 SH) e pelo dimetilsulfeto (CH3 SCH3 ) e os COVP, pelo fenol, indol, escatol, putrescina, cadaverina, aminas e metano3 .
Pela manhã, ao acordar, é normal que muitos indivíduos apresentem algum grau de mau hálito. Essa alteração é conhecida como halitose matinal e é atribuída a causas fisiológicas relacionadas ao despertar matutino. A halitose pela manhã provavelmente ocorre devido à diminuição do fluxo salivar durante o sono e conseqüente acúmulo e putrefação de células epiteliais descamadas e alimento4 .
O epitélio bucal descamado e os restos alimentares são normalmente removidos pela ação da língua e ação detergente da saliva durante a mastigação normal, a deglutição e a fala. O ato de comer ou escovar os dentes pela manhã remove a halitose decorrente desses fatores5-6. Enquanto essa halitose matinal e passageira é facilmente controlada, a halitose persistente pode indicar desordens orais, tais como doença periodontal, inflamação gengival, saburra lingual, ou desordens sistêmicas, tais como úlceras gastrintestinais, hemorragia interna, hérnia de hiato, diabetes mellittus, cirrose hepática, leucemia, uremia e condições idiopáticas não características7 . A halitose, nessas situações, é mais intensa, apresenta características específicas de cada patologia e é de difícil controle.
Nesses casos, a sua presença não deve ser subestimada, pois pode ser sinal indicativo de sintomas patológicos subjacentes. Existem pelo menos três meios de se mensurar as concentrações de CSV. A avaliação organoléptica consiste em avaliar, pelo olfato humano, o ar emanado da cavidade oral8 . Apesar de ser considerado um método de referência por simular as situações do dia a dia, ele apresenta algumas desvantagens. Devido à inalação direta do ar emanado, os juízes podem sofrer riscos de contaminação e infecção cruzada. Além disso, os receptores olfativos humanos apresentam rápida adaptação, o que pode dificultar repetições de medidas e mensurações em larga escala2 . Tonzetich9,10 desenvolveu métodos de análise de mau odor bucal por meio da cromatografia gasosa.
Como essa metodologia permite a separação e quantificação dos gases, esses autores propuseram que, entre os gases que contêm enxofre, o sulfeto de hidrogênio e a metilmercaptana eram os principais componentes responsáveis pelo mau odor oral. Embora possa ser considerado um método preciso por permitir a mensuração de concentrações extremamente baixas dos gases, as suas desvantagens incluem o alto custo de instalação, a necessidade de treinamento de pessoal qualificado, a falta de um aparelho portátil e a necessidade de tempo prolongado para realização das medidas. Estas características também inviabilizam o seu uso na prática clínica2 .
Nas duas últimas décadas do século XX, foi desenvolvido um monitor de sulfeto para a mensuração dos gases associados ao mau odor8 . Estudos iniciais demonstraram associações significativas entre as avaliações organolépticas e aquelas realizadas com esse novo equipamento8 . Além disso, as mensurações realizadas com o monitor apresentaram melhor reprodutibilidade quando comparadas às avaliações organolépticas8 .
As suas pequenas dimensões e a simplicidade de operação facilitaram o seu uso na rotina clínica e em pesquisas sobre halitose11. Um dos monitores desenvolvidos foi o halímetro, aparelho no qual o ar expirado por sucção é levado através de uma cânula até um sensor voltamétrico sensível a sulfeto, onde ocorre a contagem das moléculas de CSV presentes na amostra.
O valor é expresso em ppb em um visor digital. Apesar de não permitir a diferenciação entre os CSVs, as vantagens do seu uso incluem o baixo custo, o fato de ser portátil e a rápida obtenção das medidas8 . O diagnóstico da halitose é baseado principalmente na história clínica do paciente, a qual deve servir de base para o exame físico e a solicitação de exames complementares4 . Assim é importante a realização de três exames de rotina: halimetria da boca, sialometria e teste BANA. A halimetria é a medida do hálito realizada por meio do monitor de sulfeto, que mede compostos de enxofre de qualquer origem.
Para saber Mais Acesse Aqui: Como Acabar Com Mau Hálito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário